Uma cirurgia com uso de tecnologia 3D foi decisiva para reconstruir o rosto de Laura Beatriz, menina de 11 anos que sofreu múltiplas fraturas após ser atropelada na vizinha cidade de Sertanópolis. Laura foi atingida por um carro enquanto andava de patinete a caminho de uma aula de futebol. Após os primeiros socorros, ela foi levada ao Hospital Evangélico de Londrina, onde passou por um procedimento cirúrgico especializado.

De acordo com o doutor Daniel Gaziri, cirurgião bucomaxilofacial responsável pela cirurgia, a equipe médica utilizou um molde em escala real do rosto da menina, produzido com base em uma tomografia computadorizada e impresso em 3D. Esse modelo funcionou como um guia detalhado para identificar a gravidade das fraturas e planejar a cirurgia com precisão.

Apesar de ter sido realizado pela primeira vez em uma criança, a técnica é semelhante à utilizada em outra cirurgia conduzida por Gaziri há um ano. Na ocasião, o especialista realizou um procedimento que produziu próteses de titânio para reconstruir a face de uma mulher que se envolveu em um acidente com uma colheitadeira, também na região de Sertanópolis, e teve o rosto desfigurado.

Segundo o cirurgião, após cerca de 60 dias, período estimado para a consolidação óssea, a expectativa é de que Laura já poderá retomar uma vida sem restrições.

As placas usadas para reconstruir o rosto de Laura Beatriz são indicadas para pacientes pediátricos, pois não interferem no crescimento dos ossos e são absorvidas pelo organismo em um período de quatro a seis meses, evitando uma nova cirurgia.

Nos próximos dias, a menina deve ter alta do hospital, a tempo de comemorar em casa o aniversário de 12 anos, que acontece na próxima semana.