Em sessão extraordinária durante a noite, vereadores voltam a discutir acúmulo de salários de secretários
Executivo apresentou novo projeto, que foi avaliado pelas comissões e deve ser votado em nova sessão extraordinária na tarde desta quarta (9)
O acúmulo de salário de secretários municipais que são lotados em órgãos das esferas estadual e federal voltou à pauta na Câmara Municipal de Londrina, a toque de caixa, na noite dessa terça-feira (8).
O projeto original, de número de 52/2025, que havia sido retirado de pauta, inicialmente até outubro, foi trazido de volta ao plenário. A matéria tratava da revisão do estatuto dos servidores municipais e, em um artigo, possibilitava aos representantes do alto escalão municipal receber o vencimento de origem mais até 90% do salário como secretários. Este artigo foi suprimido e o projeto aprovado, em primeiro turno.
Paralelamente, um novo projeto (204/2025) foi apresentado com o mesmo conteúdo. A matéria entrou na pauta da sessão em regime de urgência, no final da tarde, e uma sessão extraordinária foi convocada para o início da noite. Segundo a assessoria da Câmara, a convocação foi necessária para que a tramitação pudesse ser concluída antes do recesso parlamentar, que começa no dia 16.
Somente durante a noite de terça, o projeto passou por todas as comissões da casa e será votado, em primeira discussão, durante nova sessão extraordinária, marcada para as 14h desta quarta-feira (9). A proposta beneficiaria, especificamente, Leonardo Carneiro (Secretário de Recursos Humanos, lotado na Polícia Civil) e Vivian Feijó (Secretária de Saúde, que é vinculada ao Hospital Universitário). O vencimento de um titular das pastas municipais, hoje, é R$ 21.900, valor reajustado neste ano, em proposta encampada pelo Prefeito Tiago Amaral, com a justificativa de que salários mais baixos não atrairiam profissionais qualificados.
A reportagem da CBN Londrina procurou a presidência da Câmara, representada pelo vereador Emanoel (Podemos). Mas segundo a assessoria do Legislativo, somente a vereadora Flavia Cabral (PP), líder do executivo na casa, concederia entrevista. A assessoria da vereadora, por sua vez, afirmou que ela, que é professora, estaria ocupada durante toda a manhã elaborando aulas por conta da sessão extraordinária e só concederia entrevistas ao fim do dia, na sede do Legislativo.