Casos caem, mas mortes por doenças respiratórias sobem em Londrina
Nova atualização semanal mostra avanço da positividade viral, baixa adesão à vacinação e crescimento de óbitos em pleno inverno
Com reduções de casos, mas com aumento no número de mortes, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou novo boletim sobre doenças respiratórias em Londrina, com dados referentes ao período de 29 de junho a 5 de julho. Também foram atualizados os dados sobre atendimentos por síndrome gripal e a cobertura vacinal contra a gripe.
Foram registradas 24 notificações de SRAG na semana, sendo 15 em adultos e 9 em crianças. Na semana anterior, haviam sido 32 casos. Apesar da queda nas notificações, o total de mortes em 2025 chegou a 97. Entre as causas estão influenza (18), vírus sincicial respiratório (6), covid-19 (11) e outros vírus ou agentes não especificados. Em relação ao boletim anterior, foram sete óbitos a mais.
A taxa de positividade viral entre os casos de SRAG teve um salto significativo: passou de 34,5% para 94,1%. Os principais vírus detectados foram o sincicial respiratório, adenovírus e rinovírus.
Nos atendimentos por síndrome gripal, o Pronto Atendimento Infantil registrou 2.272 atendimentos, sendo que 1.031 (45,37%) foram relacionados à gripe. Outras unidades de saúde da cidade somaram 12.590 atendimentos no mesmo período, dos quais 2.493 (19,80%) foram por sintomas gripais.
A cobertura vacinal contra influenza segue abaixo da meta entre os grupos prioritários. No total, 50,89% das pessoas do público-alvo tomaram a vacina. Entre os idosos, a cobertura é de 57,65%; entre crianças, 33,71%; e entre gestantes, 25,76%. A vacinação está liberada para toda a população a partir dos seis meses de idade e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde.
O boletim semanal reforça o alerta para o aumento das doenças respiratórias no inverno e destaca a importância da vacinação, especialmente entre os grupos com maior risco de complicações e internações.