Justiça julga disputa milionária entre Ana Castela e o empresário Agesner Monteiro da Silva
Processo pode definir validade de contrato assinado em 2021 e gerar indenização milionária
A 7ª Vara Cível de Londrina analisa uma ação movida pelo empresário Agesner Monteiro da Silva contra a cantora Ana Castela e os atuais gestores. O processo discute a validade de um contrato de investimento firmado em 2021, que, segundo o autor, previa participação nos lucros da carreira da artista até 2027.
De acordo com a ação, Agesner teria sido o primeiro investidor da carreira de Ana Castela, com um aporte inicial que ultrapassaria R$ 200 mil, incluindo despesas com assessoria de imprensa, marketing, produção musical e shows — entre eles a produção da música “Pipoco”, que impulsionou a artista ao cenário nacional.
O contrato previa a divisão dos lucros entre os envolvidos, sendo 30% para Ana Castela, 25% para cada empresário e 20% para o investidor, além de multa de R$ 5 milhões em caso de descumprimento. Também estipulava que Agesner teria direito vitalício aos ganhos obtidos em acordos firmados até abril de 2027.
Segundo Agesner, os repasses pararam em setembro de 2022, e ainda faltam 57 meses de pagamento por parte da cantora.
A defesa também alega que a criação da AgroPlay Ltda e suas ramificações — como AgroPlay Records e Boiadeira Music — teria sido usada para ocultar receitas e retirá-lo da participação contratual.
Após a audiência desta terça-feira (13), da qual a cantora participou de forma remota, o empresário acredita que, dentro de 90 dias, a Justiça deva dar um parecer positivo sobre o caso.
A equipe de reportagem da rádio CBN Londrina procurou o advogado da cantora, mas não obteve resposta. A decisão pode representar um marco jurídico para o mercado artístico, principalmente no que diz respeito à formalização de contratos entre investidores e artistas em início de carreira.