O projeto que previa a Câmara de Arapongas a conceder auxílio-saúde para os servidores e vereadores em exercício, além de também beneficiar os familiares dos parlamentares, como filhos e cônjuge, foi retirado de pauta.

A proposta seria votada nessa quarta-feira (29), mas, de acordo com o vereador Paulo Grassano (PP), que se manifestou contrário ao projeto, uma reunião foi realizada com os vereadores que assinaram a proposta, com a presença do prefeito Rafael Cita (PSD).

Ainda de acordo com o vereador, a proposta gerou polêmica na cidade, com a convocação de uma manifestação para a sessão que iria votar o projeto. De acordo com a proposta, os valores do auxílio-saúde variam entre R$ 149,31 e R$ 739,59 por pessoa, de acordo com a idade do beneficiário. Atualmente a Câmara conta com 15 vereadores e aproximadamente 90 servidores.

Cada vereador recebe em média R$ 11,5 mil em valores brutos. Paulo Grassano explicou que agora só existem dois caminhos para o projeto. “O projeto tinha 72 horas para sofrer alterações por meio de emendas. Como isso não aconteceu e ele foi retirado de pauta, agora só existem dois caminhos: votar esse projeto no futuro da forma como ele está, o que eu acho difícil e, se acontecer, vou-me manifestar contra novamente ou começar um novo projeto, beneficiando somente os servidores, um projeto do zero”, disse o vereador.

O projeto teria um custo anual estimado em aproximadamente R$700 mil reais aos cofres públicos. Dez vereadores assinaram autoria do projeto que foi retirado de pauta: Marcio Antônio Nickenig (PSD), Sebastião Ferreira da Silva (PSD), Marcelo Junio Souza (PP), Rosemary Farias (PDT), Antônio Aparecido Ribeiro dos Santos (União), Levi Aparecido Xavier (PSD), Luis Carlos Chavioli (PSD), Valdecir Pardini (União), Simone de Almeida Santos Sponton (PSD) e Alexandre Juliani (União).

Os vereadores que não assinaram são Arnaldo Aparecido Pereira (Avante), Aroldo Pagan (Pode), Décio Rosaneli (Pode), Marisa Staub Vendrametto (PL) e Paulo Grassano (PP).